Normalmente são lançadas duas análises consecutivas e separadas em postagens distintas de Bitcoin e Ethereum. No entanto, devido à enorme semelhança nos movimentos mercadológicos de ambos os ativos no curto prazo, ambos os estudos serão sintetizados em uma única postagem. Alguns indicadores serão trocados, porém ambos trazem as mesmas informações para todos os casos.
Comecemos, obviamente, pelo Bitcoin.
Mais uma vez, nossa análise anterior mostrou-se bastante alinhada com os movimentos pessimistas de mercado. Esperávamos recuperação próxima à casa dos 4070 USD, seguida de queda; após atingir 4030 USD, iniciou-se novamente a sangria nos preços, respeitando a LTB iniciada no final do mês passado.
Houve desvalorização aproximada de 2,8% nos preços do ativo nas últimas 24 horas. Por várias semanas, o mercado não conseguiu alcançar índices próximos à sobrecompra no Índice de Força Relativa (IFR) no gráfico supracitado desde o dia 7 de novembro. O volume vendedor nos seis últimos candles apresentam forte ímpeto vendedor no curto prazo.
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O MACD mostrou-se pouco confiável nos últimos dias, apresentando falsos sinais de entrada. Com o RSI apontando divergência sobre as indicações do MACD, não havia possibilidade de entrada de forma confiável. Na dúvida, devemos apenas observar e aguardar sinais claros de entrada – os quais não se expuseram no período gráfico utilizado.
ADX mostra declínio claro da força compradora e começo, ainda que modesto, de um movimento de baixa, ainda o indicador de direção esteja bem rebaixado. O cruzamento das médias móveis de 9 e 21 períodos e o afastamento considerável entre ambas nos servia de termômetro para uma tomada pessimista nos preços.
Caso o canal paralelo continue sendo respeitado, haverá teste de fundo em 3780 USD, aproximadamente, com boas chances de rompimento. Caso positivo, dois alvos de compra para swing trade serão possíveis: 3705 USD e 3620 USD.
Em síntese: ainda não estamos livres de um teste de fundo ainda mais agressivo que busque 3200-3000 USD no gráfico diário, uma vez que, abaixo dos 3620 USD, temos os alvos de queda anteriormente citados como suportes compradores. A diferença entre 3200 USD e 3000 USD está na sombra do candle; se ela será ou não acatada durante possível movimento de queda, não temos como saber até acontecer.
E o Ethereum?!
O gráfico de quatro horas parece uma espécie de réplica gerada por mitose das tendências do Bitcoin. Nossa visão, segundo análise anterior, era de que o ativo buscaria 113 USD e, posteriormente, testaria novamente o fundo anterior. O ativo alcançou 112 USD próximo às 10 horas a manhã e, a partir de então, iniciou considerável sangria nos preços.
No momento de escrita desta análise, os preços voltaram à casa dos 106,1 USD, valor concomitante ao fundo encontrado no dia 3 de dezembro, ignorando-se as sombras nos candles. Assim como o Bitcoin, o Ethereum está respeitando com bastante propriedade o canal paralelo, o que é um indicador bastante pessimista. Não se iludam por pequenos pumps sem expressão.
O token “bateu” na média central das Bandas Bollinger e caiu com considerável força oito horas depois, o que é um forte indicador de que a tendência de baixa continua firme e forte no curto prazo. Caso o indicador seja inserido no gráfico do Bitcoin no mesmo período gráfico, trará a mesma informação.
Pelo VAPI, podemo ver que o ímpeto comprador, como diria Lula, não passou de uma “marolinha”. O volume vendedor gradualmente se torna mais presente, enquanto a tendência de alta abandona cada vez mais as esperanças.
Assim como o Bitcoin, os alvos mais prováveis de queda, segundo a Extensão de Fibonacci, são os seguintes: 103,5 USD e 101,5 USD. Visto que a força vendedora está muito mais em voga, devemos aguardar sempre pelo pior.
O gráfico abaixo faz uma comparação bastante clara entre o comportamento concomitante entre as tendências do Bitcoin e do Ethereum, respectivamente: